FELICIDADE

Por Jornal Cidade de Agudos em 06/05/2023 às 16:26:53

Não sei se o leitor já ouviu falar na dra. Ana Beatriz Barbosa Silva. Trata-se de uma médica psiquiatra com muitas obras publicadas, com mais de 2,5 milhões de livros vendidos. Ela acaba de lançar "Felicidade", onde traça um panorama da ciência por trás da felicidade e questiona muitas falácias sobre o que é de fato ser feliz. É hora de rever nossos conceitos.

Não vou fazer um resumo do livro, leitura que recomendo ao leitor. Minha intenção é focalizar um episódio da obra onde a autora mostra sua versatilidade e cultura. Não fica só em uma ou duas ciências para expor suas verdades. Adentra na História, na Psicologia, na Filosofia, na Biologia etc. Profundamente atualizada, dentre outros temas atuais, ela faz um análise rápida sobre a física quântica, que levantou espantos, mas também novas possibilidades na forma de entendermos o universo e a nossa existência. Cita físicos famosos que apresentaram características intrigantes sobre a estrutura íntima da matéria, sendo uma das mais surpreendentes o experimento da dupla fenda, que além de mostrar a natureza dual do elétron (ora partícula, ora onda) relacionou a matéria (partícula) a uma forma de vida (como você, como eu). Claro que a observação aqui referida não é feita a olho nu e sim por artefato preparado por um ser humano. Quando não havia a observação, a partícula deixava de existir e se apresentava como uma onda. Isso não era consequência de alguma deficiência do instrumento, mas tratava-se da própria essência da matéria.

Neste ponto, a autora passa a falar da teoria do Big Bang, explicando que o universo teve início numa massa de alta densidade que começa a se expandir para criar tudo o que existe. Agora, preste atenção, se considerarmos a dualidade partícula onda, já mencionada, e a interferência de um observador vivo para que a forma material do mundo exista, e a alinharmos com a teoria do Big Bang, uma pergunta surge em nossa mente: quem surgiu primeiro, a vida ou o universo material da qual ela também faz parte? Se os preceitos que conhecemos são aplicáveis no momento do Big Bang, podemos inferir que a vida já existia antes do mundo ser criado. E foi ela que observou tudo isso acontecer.

A vida inteligente que viu o universo nascer em seu aspecto material não era algo parecido com o ser humano que conhecemos. Entretanto, podemos supor que a nossa forma de vida possui em algum nível a capacidade de interferir na materialização do mundo E para que isso aconteça é plausível pensar que a vida, seja ela em qualquer forma imaginável, guarda em si características em comum. Seja como for, tudo leva a crer que a vida precede a matéria e não se limita à mesma.

Nossa capacidade de refletir e atribuir juízos morais às nossas reflexões vai além de nossas funções cognitivas. Nosso cérebro produz pensamentos, mas é nossa consciência que atribui valores éticos a eles. Dessa forma, a consciência seria a sua inteligência moral e imaterial.

O que seria a vida inteligente que observou o universo nascer? Ninguém sabe responder. Podemos imaginar que seja algo com características semelhantes à nossa consciência em uma dimensão muito maior. E se a teoria do Big Bang estiver certa a grande vida que viu o universo nascer pode ser chamada da Consciência Una, da qual todos descendemos. E mais, se nossa consciência independe do corpo podemos inferir que somos eternos, sempre existimos, ainda que em formas diversas.

Como diz a dra. Ana Beatriz, é hora do salto quântico que nos colocará em comunhão com a Força Energética Essencial, criadora de todos os propósitos do Universo.

Esse resumo é minha contribuição para quem deseja atualizar-se. Ler Ana Beatriz Barbosa Silva, é um ótimo começo.

Dra. Maria da Glória De Rosa

Pedagoga, Jornalista, Advogada

Profª. assistente doutora aposentada da UNESP

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