As alterações de humor dos adolescentes causam transtornos e pensamentos confusos nos adultos, que muitas vezes se questionam no que erraram na criação de seus filhos.
Ser adolescente é habitar um corpo que cresce em diferentes velocidades e acredite, é angustiante para ele lidar com as mudanças.
Os contextos familiar e social são determinantes. É preciso muita compreensão dos pais para lidar com o mau humor do adolescente. Uma boa observação, abertura para uma sincera conversa e, realmente ouvir o que ele tem a dizer ao invés de críticas infindáveis, funciona e, você pode ter a certeza de que conseguirá ajudá-lo a passar por essa fase positivamente.
Diálogo é a melhor maneira de entendimento entre pais e filhos. De nada adianta ficar dizendo que já passou pelas mesmas situações ou que na "minha época era assim ou assado". Essa comparação só revolta ainda mais o adolescente que, certamente, vai dizer que os tempos eram outros.
O diálogo entre pais e adolescentes deve levar os filhos a refletir sobre a vida, ajudá-los e orientá-los para que façam as próprias escolhas.
Aceitar as situações novas que surgem neste período também contribui para um relacionamento mais saudável. Os pais precisam estar preparados e conscientes de que seus filhos começam a alçar voo. Sempre lembrando que educar é dar asas para eles voarem e também raízes para que, se precisarem, terem para onde voltar.
O fato de começar a namorar, por exemplo, não significa que deixaram de amar os pais e é só uma consequência natural da adolescência. Colocar impedimentos e implicar com o relacionamento os afastará ainda mais.
Proteção, sim. Obstáculos, não!
Os pais devem participar desse momento, conhecer e se relacionar com a namorada (o) e com os amigos de seus filhos, colocando limites que sirvam para proteção e não obstáculos. E, ainda, orientar de maneira amorosa a respeito dos cuidados que se deve ter em um namoro adolescente e ficar atentos aos lugares que frequentam.
A imagem de herói que seu filho tinha de você quando criança começa a se desfazer na adolescência. Ele passa a perceber que você também tem falhas, fraquezas e limitações. Seja autêntico, aja com naturalidade, assuma as suas limitações e demonstre as suas emoções. Isso despertará a confiança dele em você. Converse bastante com seu filho sobre como ele se sente e procure conduzir as emoções de forma construtiva.
Mais uma dica importante: a palavra de um pai deve ser reforçada pela atitude. Portanto, aja de acordo com o que você fala. Isso lhe dará credibilidade e seu filho seguirá o seu exemplo.
Rosana Taveira Napoleone
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP: 06/103931
Consultório: Av. Rui Barbosa, 324 - Centro - Agudos/SP