A escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China atinge um ponto crítico, com tarifas elevadas que ameaçam o comércio bilateral. As tarifas dos EUA sobre a China atingiram 145%, enquanto as da China sobre os EUA chegaram a 125%, impactando diversos setores.
A situação está desfazendo uma relação econômica estabelecida, onde a China produzia bens de consumo e tecnologia para os consumidores e empresas dos EUA. A Casa Branca isentou alguns produtos eletrônicos das tarifas, mas a tensão persiste.
Os EUA importaram US$ 438 bilhões em bens da China em 2024, enquanto exportaram US$ 143,5 bilhões. Além das tarifas elevadas, há outras barreiras não tarifárias, como a redução no número de filmes americanos aprovados para exibição na China.
Caso a situação continue, empresas ocidentais e chinesas devem procurar centros de manufatura fora da China, como Vietnã, Índia e México. No entanto, as tarifas de "Dia da Libertação" de Trump, agora suspensas, impuseram altas taxas a países que atraíam investimento chinês.
"As taxas de tarifas estão agora tão altas que se tornam proibitivas para a maioria do comércio bilateral direto." disse Yeling Tan, professora de políticas públicas na Universidade de Oxford.
A China está menos dependente dos EUA do que durante o governo Trump, com menos de 15% de suas exportações indo diretamente para os EUA, em comparação com 19% em 2018. Pequim também buscou fontes alternativas para importações, como Brasil e Austrália.
"Dado que os produtos americanos não são mais comercializáveis na China sob as atuais taxas de tarifa, se os EUA aumentarem ainda mais as tarifas sobre as exportações chinesas, a China ignorará tais medidas." disse o ministério das finanças do país em um comunicado.
A China tem opções e está se preparando para um mundo com menos acesso ao mercado dos EUA, construindo relações comerciais com outros mercados e investindo em tecnologia. Pequim adotou uma postura ousada, afirmando que lutará até o fim se os EUA persistirem na guerra comercial.
A guerra comercial já está impactando os mercados de ações e elevando os rendimentos dos títulos, o que poderá levar a um mundo mais volátil e perigoso, especialmente se as duas maiores economias se recusarem a negociar.
"No final das contas, o destino das duas gigantes economias permanecerá entrelaçado. Um colapso do comércio bilateral direto prejudicará empresas e consumidores em ambos os países." concluiu Tan.
*Reportagem produzida com auxílio de IA