Linguagem é tudo aquilo que a criança vai aprender em termos de conhecimento, conteúdo e vocabulário e a forma com que ela vai conseguir organizar o seu próprio pensamento para se comunicar.
A fala é a capacidade de conseguir produzir os sons corretos da língua. Então, uma criança que tem dificuldade de linguagem pode não apresentar dificuldade na fala e outra que está desenvolvendo bem a linguagem pode possuir trocas na fala.
O fonoaudiólogo tem conhecimento das idades para aquisição dos fonemas (cada fonema/som para uma idade específica), quando ainda algumas trocas podem acontecer e quando pode ser superado.
No passado, muitos pediatras utilizavam a regra que se podia esperar, caso a criança não estivesse falando corretamente, até mais ou menos os quatro anos para procurar o fonoaudiólogo. Atualmente, houve uma grande mudança, porque se sabe o quanto a identificação e a intervenção precoce são importantes; ajudam a identificar uma série de questões, por exemplo, problemas de aprendizagem e questões emocionais, como baixa autoestima.
A recomendação é que aos dois anos, se a criança ainda não fala, procure ajuda de um fonoaudiólogo e é muito importante também que a criança frequente a escola.
É de extrema importância que o professor, que é quem está presente no dia a dia da criança, conheça os marcos do desenvolvimento para fazer o encaminhamento precocemente. Para essa capacitação é necessária uma interação feita entre o fonoaudiólogo e a escola.
Dentro deste cenário pandêmico, muitas crianças chegarão à escola com atrasos na fala e o professor deve olhá-los como um todo: suas funções comunicativas, interações, suas trocas, o quanto são abertas a receber estímulos, e observar a evolução dessas crianças.
AO APRESENTAR SINTOMAS, PROCURE AJUDA PROFISSIONAL.
Fernanda Freitas Monteiro
Fonoaudióloga
CRFa 2-11.539