A atriz Amber Heard entrará com uma apelação contra a decisão do júri após ser condenada no julgamento de difamação que enfrentou contra o ex-marido, o ator Johnny Depp. A advogada da artista, Elaine Bredehoft, declarou no programa americano “Today” nesta quinta-feira, 2, que sua cliente “tem excelentes motivos para isso”. “Ela foi demonizada”, declarou a profissional. “Várias coisas foram permitidas no tribunal que não deveriam ter sido permitidas e isso deixou o júri confuso. Não fomos autorizados a contar a eles sobre o julgamento do Reino Unido.” Elaine está se referindo ao processo de difamação que Depp moveu contra o portal britânico The Sun por ser chamado de “espancador de mulheres” e perdeu.
Na visão da advogada, o apoio que o ator recebeu nas redes sociais também impactou o júri. Vale ressaltar que, durante as semanas de julgamento, por diversas vezes a tag “Justiça por Johnny Depp” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. “Os jurados [não deveriam estar olhando as redes sociais], mas como você pode não [estar ciente do que estão comentando]? Eles iam para casa todas as noites. Eles têm famílias. Suas famílias estão nas redes sociais. Tivemos uma pausa de 10 dias no meio por causa da conferência judicial. Não há como eles não terem sido influenciados por isso. Foi horrível. Foi muito, muito desequilibrado. Eu era contra as câmeras no tribunal e eu registrei isso e argumentei contra isso por causa da natureza sensível disso. Tornou-se um zoológico.”
Com o veredito do júri, Amber deverá pagar uma indenização de US$ 10 milhões ao ex-marido, que moveu a ação após a atriz de “Aquaman” escrever um artigo de opinião no qual, sem citar o nome do protagonista de “Piratas do Caribe”, afirmou ter sido vítima de violência doméstica. O texto foi publicado no The Washington Post em 2018. Depp alegou que mesmo não tendo seu nome citado, ficava claro que a ex-mulher estava se referindo a ele e isso prejudicou sua carreira no cinema. O júri também entendeu que Depp difamou Amber e foi condenado a pagar uma indenização de US$ 2 milhões à ex-mulher.
Jovem Pan