Ucrânia recupera todo o território ao redor de Kiev

Após perder a batalha ao redor da capital ucraniana, forças russas deverão tentar dividir o país em dois a partir da região de Donetsk

Por Jornal Cidade de Agudos em 05/04/2022 às 07:55:46

Nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, foram veiculadas imagens que mostravam um comboio russo com aproximadamente 60 quilômetros de extensão nas proximidades da capital Kiev. Agora, parte desse comboio se transformou em destroços.

No dia 2 de março, os russos avançavam rumo a Kiev por dois grandes eixos: um Oriental, à leste Dniepre, que é um obstáculo importante, e avançam em direção à porção Ocidental.

Menos de dez dias depois, em 21 de março, os russos aumentaram o cerco contra Kiev, mas ainda sem conseguir dominar a capital ucraniana, que era o principal objetivo das forças lideradas por Vladimir Putin.

Em 25 de março, o que se viu foi o início dos contra-ataques ucranianos, principalmente a partir da zona Ocidental. O objetivo era impedir que os russos criassem posições de artilharia a menos de 50 quilômetros do centro de Kiev. Pouco depois, em 29 de março, novos contra-ataques foram registrados também no setor Oriental, à leste de Kiev.

No último sábado (2), os contra-ataques ucranianos forçaram a retirada das tropas russas do entorno de Kiev. A saída do exército russo foi feita de maneira caótica, provocando situações de massacre contra civis, como o que ocorreu em Bucha, nas proximidades da capital, durante o fim de semana.

Sem organização e equipamentos para avançar em uma ofensiva coordenada, os soldados russos promoveram uma devastação, como mostra a análise do âncora da CNN William Waack. O mesmo ocorreu em outras operações militares russas, como na Chechênia e em Alepo, na Síria.

Ainda de acordo com a análise de Waack, o próximo objetivo de Putin é dominar o eixo que liga Kharkiv às regiões de Donetsk e Mariupol. Se houver êxito nessa missão, os russos conseguiriam dividir a Ucrânia em duas partes, com uma espécie de "Ucrânia Ocidental e Ucrânia Oriental".


Fonte: CNN Brasil

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