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Tensão

China condena visita de Nancy Pelosi à Taiwan e anuncia ações militares

Pequim afirma que viagem da deputada americana é uma "infração severa" à sua soberania; militares chineses realizarão exercícios de tiro real e outras atividades em torno da ilha de 4 a 7 de agosto


A China agiu rápido em resposta à visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, à Taiwan e anunciou ações militares direcionadas. "O Exército de Libertação Popular está em alerta máximo e lançará uma série de ações militares direcionadas para combater isso", disse o porta-voz do ministério da Defesa, Wu Qian, em um comunicado, acrescentando que vão "defender a soberania nacional e a integridade territorial e impedir a interferência externa e as tentativas separatistas de "independência de Taiwan'".

De acordo com a agência de notícia estatal Xinhua, os militares chineses realizarão exercícios de tiro real e outros exercícios em torno de Taiwan de 4 a 7 de agosto. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse que é "difícil imaginar uma ação mais imprudente e provocadora" por parte dos EUA do que a visita de Pelosi. Ela também advertiu sobre a possibilidade de "consequências desastrosas se os Estados Unidos se equivocarem em seu julgamento" não apenas para Taiwan, mas para a "prosperidade e segurança do mundo inteiro".

Desde que Pelosi anunciou que faria uma visita à Ásia, a China alertou que uma visita a Taiwan poderia resultar em sérias consequências, pois consideram o ato como uma provocação, uma vez que Pequim considera a ilha parte de seu território que deve ser reunificado, inclusive pela força se necessário.

No final de julho, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por videoconferência. Na ocasião, o chinês pediu ao líder americano para não "brincar com fogo" em relação ao "status" de Taiwan. Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, o presidente Xi disse a Biden que "aqueles que brincam com fogo acabam se queimando", acrescentando que "espero que o lado americano entenda isso".

Em resposta, Biden respondeu que a "política dos EUA não mudou" e que o país "se opõem, energicamente, aos esforços unilaterais para mudar o "status quo", ou minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan". O Ministério das Relações Exteriores da China condenou veementemente a visita da deputada à ilha. Em um comunicado, declarou que a visita enviou "sinais errados" às forças separatistas que buscam a "independência de Taiwan". O ministério acrescentou que apresentou representações solenes e protestos ao lado dos EUA.

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