Ministro das Comunicações diz que Bolsonaro teve 154 mil inserções de rádio a menos que Lula

Segundo Fábio Faria, uma auditoria foi realizada e identificou que rádios, principalmente do Nordeste, não estão exibindo as propagandas encaminhadas pela campanha do atual presidente da República

Por Jornal Cidade de Agudos em 25/10/2022 às 07:17:49

O ministro das Comunicações, FĂĄbio Faria, comunicou à imprensa, nesta segunda-feira (24/10), que a campanha do atual mandatĂĄrio e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ingressou com ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para denunciar que o presidente teve 154 mil inserções de rĂĄdio a menos que o candidato Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) nas Ășltimas duas semanas. A Corte ainda não se posicionou sobre a denĂșncia.

A denĂșncia foi feita em uma coletiva de imprensa, na frente do PalĂĄcio da Alvorada. Pelas redes sociais, FĂĄbio Faria convidou os jornalistas para "acompanhar a exposição de um fato grave". Ao lado do ex-ministro Fabio Wajngarten, o ministro das Comunicações disse que uma auditoria foi realizada e nela houve a constatação que as rĂĄdios, principalmente do Nordeste, não estão exibindo as propagandas encaminhadas pela campanha do atual presidente da RepĂșblica.

O ministro ainda afirmou que a maioria das rĂĄdios que realizaram "uma censura" ao presidente Bolsonaro estão localizados na Bahia — estado onde Lula teve 69,73% dos votos no primeiro turno, contra 24,31% de Bolsonaro. Segundo o ministro, a cada trĂȘs inserções de Lula as rĂĄdios exibiram apenas uma de Bolsonaro. A auditoria teria apurada que não foram exibiram durante 14 dias do segundo turno um total de 154 mil inserções da propaganda de Jair Bolsonaro nos veĂ­culos.

"Como Ă© que nós, que preservamos o direito de igualdade, podemos lidar com esse fato? A gente precisa lidar com 154 mil inserções a menos no rĂĄdio. Isso Ă© uma grave violação do sistema eleitoral", disse Faria. De acordo com FĂĄbio Faria, 154 mil inserções equivalem 1234 horas de programação.

O Correio questionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a denĂșncia realizada pela campanha de Bolsonaro, mas não teve resposta atĂ© a Ășltima atualização desta reportagem.

Fonte: Correio Braziliense

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