Mulher ameaçada de morte por militante do PT vive rotina de medo na Bahia

Filha de testemunha de Jeová, teme andar na rua. Ela foi ameaçada de morte por uma conhecida, que é professora de geografia da rede pública e militante do PT.

Por Jornal Cidade de Agudos em 26/10/2022 às 07:04:33

Josi Flora Mauricio é influenciadora digital. Depois de gravar um vídeo comentando o resultado do primeiro turno da eleição, contudo, a vida da baiana que mora em Salvador mudou completamente. Isso porque ela foi ameaçada de morte por uma conhecida, que é professora de geografia da rede pública e militante do PT. O motivo: Josi disse que a Bahia não estava com Lula.

A funcionária que jurou a influenciadora deixou um aviso: "Uma bala perdida pode encontrar-nos a qualquer momento com o seu presidente. A solução, agora, é na bala." Josi registrou um Boletim de Ocorrência, após o ataque. Ela só foi ouvida na quinta-feira 20, um processo que levou duas semanas. Além disso, só agora a docente responsável pelas ameaças foi intimada a depor.

"A partir daquele dia, mudei meus hábitos completamente", revelou Josi.
"Agora, eu só publico stories no Instagram quando chego em casa. Na rua, fico observando os carros com atenção, sobretudo os que transitam devagar. Na minha cabeça, alguém vai descer do veículo e atirar em mim. Perdi a liberdade."

Em entrevista à Revista Oeste, Josi justificou sua fala no vídeo. "Não houve festejo aqui com o resultado da eleição", lembrou. "Aqui, não temos saúde, segurança e educação. Falar que o baiano apoia o ex-presidente Lula é mentira."

Em vez de ganhar o apoio do movimento negro, Josi recebeu ameaças dos integrantes da esquerda. Os ataques, geralmente, vêm de membros do grupo que estudam na Universidade Federal da Bahia. "São pessoas extremamente preconceituosas, principalmente se veem você com brancos", afirmou Josi, que acredita ser discriminada por causa de seu viés conservador.

"Nasci de direita", disse. "Minha mãe é testemunha de Jeová. Minha avó nos criou para sermos mulheres de bem, estudadas, e não promíscuas. Minha base familiar é 98% conservadora."

Fonte: Revista Oeste

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