O Novembro Azul é relacionado ao diabetes no mundo inteiro, inclusive no Brasil, lembrou Moreira. Durante todo o mês, entidades médicas e de apoio a pacientes com diabetes estão promovendo ações em todo o país para conscientizar e informar sobre a doença. A programação teve início dia 11, com sessão solene no Senado, prevê para hoje, às 19h, show de Guilherme Arantes, no Teatro Ribalta, no Rio de Janeiro, fechado para convidados. Na ocasião, a Sbem e a Sociedade Brasileira de Diabetes entregarão menções honrosas a apoiadores da causa do diabetes.
No próximo sábado (19), haverá a Corrida e Caminhada SBD 2022, com largada às 7h30 no Parque Linear Bruno Covas, em São Paulo. As inscrições podem ser feitas no site da SBD. Para o dia 23. está prevista a Feira Comemorativa Dia Mundial do Diabetes, no Serviço de Diabetes do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede), no Rio de Janeiro, no período de 8h às 12h. A feira oferecerá ao público atendimento com serviços de saúde, com orientações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do diabetes; medidas antropométricas; glicemia capilar; pé diabético e saúde bucal.
Na opinião do presidente da Sociedade Brasileira do Diabetes, o que está faltando no Brasil é, justamente, informação. Levimar Araujo salientou que a campanha de educação destaca a importância dos testes de glicemia capilar, popularmente chamados de “testes de ponta de dedo”, visando a melhorar o diagnóstico. Com apoio da Roche Diabetes Care Brasil, será realizada, neste mês, campanha de detecção do diabetes em inúmeras farmácias de todo o país. Serão doadas mais de 67 mil tiras de glicemia para mais de 250 farmácias e associações, que vão realizar gratuitamente os testes de glicemia capilar. No exame, é feita uma picada na ponta do dedo para obter uma gota de sangue, que é analisada em um aparelho chamado glicosímetro. O teste, que permite monitorar o nível glicêmico do paciente, representa o primeiro passo para diagnóstico do diabetes.
Araujo explicou que o teste deve ser feito duas horas após a refeição, e não em jejum, como os médicos costumam pedir. “Tem duas coisas que estamos batendo muito na tecla: é fazer esse exame duas horas depois da refeição e estar alerta para os sintomas do diabetes, que são sintomas clássicos, como acordar à noite para urinar; no caso da criança, começar a fazer xixi na cama”. Ele disse que é mais fácil identificar no jovem e na criança. No idoso, ou pessoas com mais de 40 anos de idade, é preciso incentivar a busca do diagnóstico.
No Brasil, a Região Sudeste concentra o maior número de diagnósticos, porque os pacientes têm mais acesso à saúde. Levimar Araujo reforçou que 46% das pessoas que têm diabetes desconhecem o fato. “É assustador um número tão grande de pessoas que não sabem que são diabéticas e podem ter complicações”. Segundo o médico, pessoas com hipertensão, aumento da cintura abdominal e aumento de colesterol têm chance maior de desenvolver diabetes.
Para Araujo, a elevação do número de diabéticos no Brasil pode acabar se tornando um problema de saúde pública, porque começa a haver mais complicações. Quanto mais precoce for o diagnóstico, menos complicações, afirmou. Entre as complicações, estão cegueira ou retinopatia diabética; pé diabético e amputação de membros inferiores; problemas renais, necessidade de hemodiálise e acidentes de trânsito. Quando se consegue prevenir, diminui a incidência dessas complicações. “Facilita bastante o nosso trabalho de educação na saúde pública”. Enfatizou o médico.
Fonte: AgĂȘncia Brasil