Defensorias da União e do DF apontam as recentes violações de direitos de manifestantes presos

Ainda segundo o relatório, alguns detentos com doenças crônicas, "que demandam o uso contínuo de determinados fármacos", ainda não haviam recebido os medicamentos até 15 de fevereiro.

Por Jornal Cidade de Agudos em 05/03/2023 às 08:22:28

Falta de medicamentos, abalo emocional e superlotação de celas. Esse Ă© o atual cenĂĄrio dos manifestantes presos em BrasĂ­lia descrito pelas defensorias da União e do Distrito Federal (DF), na segunda edição de um relatório produzido por elas, divulgado na noite da quinta-feira 2.

O documento informou que os presos não tĂȘm recebido atendimento mĂ©dico adequado e houve "irrazoabilidade da demora para obtenção e percepção dos medicamentos". Ainda segundo o relatório, alguns detentos com doenças crônicas, "que demandam o uso contĂ­nuo de determinados fĂĄrmacos", ainda não haviam recebido os medicamentos atĂ© 15 de fevereiro, quando integrantes da defensoria do DF visitaram a Papuda, onde os homens estão detidos.

"Foram identificadas pessoas com problemas de saĂșde que necessitam de medicação contĂ­nua, como pessoas soropositivas, com diabetes, problemas cardĂ­acos, hipertensão, fibromialgia e asma/bronquite", observou o documento.
"TambĂ©m foram identificadas pessoas que necessitam de dieta especial, bem como com intolerância à lactose e a glĂșten."

Sobre a alimentação, as defensorias afirmaram que "os mantimentos parecem somente piorar". Conforme o relatório, "observou-se novamente a pĂ©ssima qualidade das refeições disponibilizadas". Em um trecho do texto, o documento garante que a "esmagadora maioria dos reclusos disse que uma das proteĂ­nas fornecidas Ă© absolutamente intragĂĄvel".

TambĂ©m o estado emocional dos manifestantes presos estĂĄ abalado, de acordo com as defensorias. "Na inspeção do bloco onde se encontravam alocadas as custodiadas, houve relato sobre questões de saĂșde, abalo emocional e psicológico, por conta da forma como foram presas e conduzidas atĂ© o presĂ­dio", constatou o texto.

Fonte: Revista Oeste

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