Nesta quarta-feira, o programa Pânico recebeu o ator José Rubens Chachá. Em entrevista, ele comentou sobre o seu papel na série “O Rei da TV”, da plataforma Star+, onde interpreta o empresário Silvio Santos. “As pessoas confundem ficção com documentários, as pessoas esperavam um documentário que contasse a vida dele, infância e juventude. Subverteu-se um pouco a ordem da narrativa. Como é uma biografia não autorizada, aquilo ganhou um ar de liberdade de se criar, não que tenha escrito qualquer coisa. Pelo contrário, os redatores trabalhavam com grupos de advogados do lado. Se não pudesse botar no ar, se não pudesse provar, era melhor não falar”, contou. Além de sua participação na série sobre a vida do dono da SBT, Chachá trabalhou em outras produções, como “Boa Noite Verônica”, da Netflix. Com o sucesso das plataformas digitais, o artista enxerga que as redes de streaming salvaram carreiras de atores brasileiros. “Eu acho que é a salvação da lavoura, o mercado está muito fechado. A Globo mandou todo mundo embora. Vejo “Travessia”, não conhecia mais ninguém. Mudou todo mundo, tem muita gente batendo cabeça ainda, recém contratado. Essa turma dispensada ganhou essa alforria. Deixei de fazer muita coisa, ficava três meses sem fazer porque estava sob contrato”, explicou.
Chachá diz acompanhar as atualizações das redes sociais e ser um acompanhante assíduo do TikTok. Apesar de crítico das famosas “dancinhas”, ele afirmou que os conteúdos produzidos no aplicativo são divertidos e autênticos. “Dou muita risada. O que me prende, às vezes, é um cachorro fazendo coisas absurdas, coisas hilárias que você só pode ver ali. Acho bacana, mas não é dramaturgia nem arte. Está longe de ser arte. Fazer uma dancinha do TikTok, não se iluda, é um exibicionismo barato, está longe de ser arte. Eu não faço porque não sou exibido, falar para 50 pessoas eu viro um tatu”, relatou. Além da atuação, José Rubens contou sobre o seu passado na música. “Eu era cantor de rock e samba. Tinha uma banda de rock e um trio de MPB, um não sabia do outro. Vim para São Paulo e continuei cantando aqui também. Eu cantava bem, entrei no teatro musical”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan