"Eu estava deitado e comecei a sentir a cama tremer. Levantei assustado. Olhei para o abajur e vi que estava balançando. Aí, saí do quarto. Foi um susto. Buscamos segurança. Fomos muito bem tratados e orientados. Seguimos para a área da piscina por precaução, é um lugar mais aberto. Graças a Deus estamos em segurança. Infelizmente já sabemos do número de mortos. É algo muito grave, a gente fica sentido e presta nossa solidariedade a todo povo marroquino e aos que estão ajudando na busca dessas pessoas", comentou o meia-atacante Paulinho, ao site da CBF.
"A gente está falando sobre vidas, um terremoto, uma tragédia, nunca é fácil falar sobre isso. Agora, o adversário do próximo amistoso e o próprio jogo ficam de lado. Na hora, pensamos logo em buscar abrigo para ficar em segurança. Em seguida, no meu caso, procurei contato com familiares e amigos para tranquilizá-los", disse o lateral Abner, também à página da entidade.O ex-jogador Branco, coordenador-técnico das Seleções de Base, manifestou-se em nome do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Tetracampeão mundial pelo Brasil em 1994, o dirigente revelou ter já vivenciado tremores em outras três ocasiões, mas que o abalo presenciado em Marrocos, mesmo distante do epicentro, foi forte.
"A cama começou a balançar de um lado para o outro. Vi os lustres também balançando. Imaginei logo [que fosse um terremoto]. Corri para o armário, peguei meus celulares e passaporte e saí correndo, chamando os atletas para que descessem pela escada em busca de um abrigo. Prestamos nossa solidariedade a todo povo marroquino e todas as equipes de resgate", afirmou Branco.
O primeiro dos amistosos entre as seleções olímpicas de Brasil e Marrocos foi disputado na quinta-feira (7), em Fez, com vitória dos anfitriões por 1 a 0. O segundo duelo, a princípio, está marcado para segunda-feira (11), às 16h (horário de Brasília), no mesmo local. Ainda não há informação sobre a realização ou não da partida.
O governo federal divulgou o contato da Embaixada do Brasil em Rabat, capital de Marrocos, que pode ser contatada pelo telefone +212 661 16 81 81 (inclusive WhatsApp). Outro canal de atendimento é o plantão consular do Itamaraty, no telefone +55 (61) 98260-0610 (também Whatsapp). Até agora, não há notícia de brasileiros entre as vítimas do terremoto.
Fonte: Agência Brasil