No dia 14 de outubro, o grupo terrorista Hamas atacou Israel e deu início a grandes embates sucessivos. Com a escalada do conflito entre Israel e Palestina, séries, filmes e documentários sobre o tema se popularizaram nas redes sociais e plataformas de streaming. É o caso de “Fauda”, série disponível na Netflix, que viralizou nos últimos dias após o protagonista se voluntariar no exército de Israel. Assim como os conflitos entre israelenses e palestinos, as obras audiovisuais sobre o tema são extensas e retratam até episódios específicos, íntimos ou familiares que envolvem a guerra. Neste ano, por exemplo, estreou nos cinemas o filme “Golda”, sobre a guerra do Yon Kippur e a primeira-ministra Golda Meir. De maneira geral, além de trazerem perspectivas inéditas sobre a disputa histórica na região, as produções também podem contextualizar de maneira lúdica e dinâmica os vários lados deste embate no Oriente Médio. Muitas delas, inclusive, se destacaram nas maiores premiações mundiais do cinema com a junção de originalidade em roteiros, direções e atuações. Veja a seguir uma seleção do site da Jovem Pan de séries, filmes e documentários sobre a guerra entre israelenses e palestinos:
Famosa série da Netflix, Fauda não é uma simples produção sobre guerra. A história se passa em Israel, onde um soldado já aposentado volta à ativa para capturar um combatente palestino que ele achou que já estivesse morto. A procura pelo homem faz com que o protagonista descubra muitos mistérios em relação ao países e conflitos. Além de usar a vida real como base para o cenário e contexto, a escolha do protagonista também é bastante parecida com a realidade. Doron Cavillio é um militar, assim como Lior Raz, ator que o interpreta. O artista se voluntariou recentemente para os cuidados com famílias mortas durante os ataques do grupo extremista Hamas. A série tem quatro temporadas e todas estão disponíveis no streaming.
Diferente do esperado, “Uma Noite em Haifa” se propõe a encontrar um ponto de paz em meio ao conflito que dura mais de 70 anos. O filme dirigido pelo israelense Amos Gitai foi lançado em 2020 e conta a história de um local onde palestinos e israelenses convivem em paz, criando coisas em comum por meio da conexão com a arte. O longa ainda se arrisca a retratar uma história de amor entre um homem israelense e uma mulher palestina. A obra pode ser alugada em plataformas como Apple TV, Amazon Prime Video e Google Play.
Em cartaz na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme parte da realidade para ambientar um cenário apocalíptico. Com autoria de palestinos e britânicos, a obra mostra Israel isolada em um surto de vírus, onde Gaza se torna o local mais seguro da região. O casal protagonista busca fugir com dois comerciantes palestinos e se choca com as diferenças culturais entre os ambientes. O longa foi exibido no Festival de Toronto e está disponível para venda em três sessões na cidade de São Paulo, no Espaço Itaú de Cinema.
Cinco Câmeras Quebradas parte da perspectiva familiar para mostrar uma cidade na Cisjordânia. Emad Burnat, autor do documentário, busca mostrar o crescimento de seu filho em uma pequena cidade interiorana que passou a ser ocupada também por israelenses. Ao mesmo tempo, o filme mostra as perspectivas de moradores da região e de judeus que chegam para habitar o local. Lançado em 2013, o filme venceu o Emmy Internacional na categoria de ”Melhor Documentário”. A obra também foi indicada ao Oscar, na categoria ”Melhor Documentário”.
O filme “Golda” pode ser uma alternativa para aqueles que desejam se inteirar sobre parte do contexto histórico do conflito. A obra se passa na Guerra de Yon Kippur, em 1973, sob a perspectiva da então primeira-ministra de Israel, Golda Meir. Primeira mulher a ocupar o cargo de liderança, a protagonista, interpretada pela vencedora do Oscar de Melhor Atriz Helen Mirren, precisa por diversas vezes tomar decisões difíceis para superar e lidar com a crise. O filme está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o dia 31 de agosto.
Dirigido por um cineasta palestino, Paradise Now mostra amigos de infância que se infiltram para cometer um atentado suicida em Tel Aviv, capital de Israel. A obra fictícia foca em reflexões da dupla nas últimas horas de vida. Na época em que o longa foi lançado, em 2004, o autor defendeu que buscou refletir sobre a questão humana para além da guerra na região. O filme mostra contrastes entre amores, amizades e vivências em meio aos conflitos. A produção recebeu o prêmio Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Internacional (na época intitulado Melhor Filme Estrangeiro) e está disponível no catálogo da Netflix.
O filme do diretor israelense Sameh Zoabi mostra o dia a dia de um roteirista palestino em Israel. Ele passa a conviver com um guarda israelense e consegue, então, desenvolver melhor o seu trabalho e subir de cargo. Apesar do sucesso, o protagonista é surpreendido por exigências em suas tarefas. A comédia chegou a ser a aposta de Luxemburgo no encaminhamento ao Oscar de Melhor Filme Internacional, mas não obteve sucesso. A obra está disponível para assistir no streaming “Belas Artes à La Carte”, do cinema Petra Belas Artes.
Fonte: Jovem Pan