A atriz Juliana Paes, que viveu Maria Marruá na atual versão de “Pantanal”, falou sobre um sufoco que viveu durante as gravações da novela no Mato Grosso do Sul. A artista estava dentro da água e ficou parada se concentrando para gravar uma cena na qual, grávida, Maria rejeita a filha que está esperando. “Estava emocionada pensando que ela não queria aquela Juma, que não queria mais ter filhos porque já tinha perdido [outros três]. Estava chorando. Daqui a pouco eu vejo a produção, que subiu um "morrete", falando: “Sai”. Eu não conseguia escutar nada porque estava submersa na água”, contou Juliana em entrevista ao podcast “PodDelas”.
Ao entender que a produção estava sinalizando para ela sair da água, a atriz começou a correr. “Saí nadando, mas a barriga [falsa] pesava muito. Sabe em pesadelo, quando você está querendo se movimentar, mas o corpo está muito pesado e você acorda? Mas eu não acordei porque era verdade. Quando eu olhei, o jacaré estava aqui [do meu lado]. Os bichos não mexem com você quando você está se movimentando, mas se você fica muito parada, [eles pensam que] é uma carcaça e atacam”, disse a artista. Durante as gravações no Pantanal, a intérprete de Maria Marruá chegou a gravar com uma onça-pintada que vive no Instituto NEX , que atua há 21 anos resgatando, reabilitando e reintroduzindo esses animais na natureza. A cena marca o início da lenda de que a mãe de Juma pode se transformar no animal selvagem.
“A onça é o bicho mais lindo que eu vi na vida. Eu gravei com uma que ainda não foi reinserida na natureza porque ainda não sabe lidar com a natureza. Um instituto sério que trabalha ali [no Pantanal] cedeu para a gente gravar. São animais que nasceram com algum problema ou foram feridos de alguma maneira e tem dificuldade de caçar”, explicou a atriz. “No dia em que fomos gravar as cenas em que eu tinha que interagir e olhar no olho da onça, não tinha quase ninguém no set porque o bicho fica estressado, agitado. Era só o diretor, um monitor e a gente [atores] com os cuidadores da Matí [nome da onça]. Foi um silêncio, uma concentração enorme.” Mesmo com todos esses cuidados, a cena precisou ser bem editada para trazer mais realismo ao público. “Tive que fingir, não fiquei cara a cara com uma onça”, concluiu Juliana.
Jovem Pan