Homens têm mais pedras nos rins do que as mulheres?

Alimentação rica em sódio e proteínas como o churrasco pode ser um dos fatores

Por Jornal Cidade de Agudos em 17/07/2024 às 11:05:59

A incidência de cálculo urinário, também conhecido como pedra nos rins, é maior em homens do que em mulheres, e várias hipóteses têm sido sugeridas para explicar essa diferença. Aproximadamente 12% dos homens e 6% das mulheres terão a doença ao longo da vida; a estimativa é do Ministério da Saúde.

Entre os fatores que podem colaborar para essa discrepância, está a alimentação, que pode desempenhar um papel significativo nessa diferença.

"Dietas com maior teor proteico e de sódio são frequentemente associadas a um aumento no risco de formação de cálculos urinários. Além disso, uma menor hidratação, também pode contribuir para essa incidência", explica o urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein José Roberto Colombo Junior.

A prevenção do cálculo urinário é baseada na ingestão de líquidos, idealmente acima de 2 litros por dia. "O consumo de líquidos ricos em citrato, como sucos cítricos, especialmente de limão, é ainda mais eficaz. Para pessoas que já possuem o diagnóstico de cálculo urinário, a investigação metabólica é muito importante, a fim de identificar alterações, especialmente do cálcio, que possam ser tratadas com medicamentos", recomenda o especialista.

Sintomas

O principal sintoma do cálculo urinário é a dor aguda e de forte intensidade, conhecida como cólica renal, que normalmente inicia-se na região lombar e pode irradiar para a região abdominal. "É comum apresentar náuseas e vômitos associados à dor. A presença de ardor ao urinar e a urina com sangue também podem fazer parte do quadro clínico. A presença de febre (temperatura maior do que 37,8ºC) pode indicar uma infecção urinária associada, aumentando a gravidade do quadro. A dor ocorre quando o cálculo migra do rim em direção à bexiga, atravessando um canal conhecido como ureter, causando a obstrução ao fluxo urinário", explica o médico.

Tratamento cirúrgico

O urologista explica que, normalmente, a cirurgia é indicada em casos em que exista uma infecção associada, dor refratária ao tratamento medicamentoso e dilatação do rim. "A cirurgia deve ser personalizada para cada paciente, mas o tratamento mais comum é a fragmentação do cálculo utilizando o laser, seguida da remoção dos maiores fragmentos e a colocação de um cateter chamado de duplo."

De acordo com Colombo, esse procedimento é minimamente invasivo, sem a necessidade de cortes, e os pacientes permanecem menos de 24 horas no hospital. "Nos casos em que os cálculos estão localizados no rim, o urologista introduz um aparelho muito fino e flexível até o rim acometido e consegue fragmentar o cálculo utilizando também o laser."

Sobre o Dr. José Roberto Colombo Júnior
Médico urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein. Coordenador Executivo da Pós-Graduação em Cirurgia Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein. Formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Possui doutorado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) São Paulo. Aprimoramento (Fellowship) em cirurgia minimamente invasiva na Cleveland Clinic, Cleveland, EUA. Agendamento: * 11 97090-5300 WhatsApp * ?11 2151- 4116

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