Marcela Montellato é uma influenciadora de 23 anos, que ficou famosa por contar com bom humor suas desilusões amorosas. Com mais de 7 milhões de seguidores somando Instagram e Tik Tok, a brasileira tomou conta das redes sociais nos últimos dias por causa de um vídeo gravado na pré-estreia do filme “Assim que acaba“, em Nova Iorque. Na gravação, é póssivel ver e ouvir uma americana xingando e reclamando em inglês que a influenciadora estaria “gritando em sua orelha” e que “deveria voltar ao seu país”. Marcela falava que estava muito feliz e que era um “sonho realizado” estar na presença da atriz Blake Lively, estrela do filme e disse que “foi atacada por uma Karen”.
A criadora de conteúdo começou a tomar notorieadade no começo da pandemia de Covid-19, em 2020. Ela começou a gravar vídeos para ajudar parentes e amigos durante o período de isolamento social, e pouco tempo depois criou um “programa” no estilo “reality show” com os familiares, chamado “Quarentendos”, que fez ela crescer muito nas redes. Em 2023 ela registrou uma viagem que fez pela França, sozinha, para comemorar seu aniversário de 22 anos. Mas o que viralizou mesmo na época foi um relacionamento inesperado com um francês.
A jovem se mostra interessada na área de produção cinematográfica, como indica a sua bio no Instagram, onde se diz roterista e diretora. Além disso, entrevistou em fevereiro deste ano Dakota Johnson, em função do lançamento do filme “Madame Teia”, e na última quarta-feira (14) publicou uma estrevista com M. Night Shyamalan, diretor de diversos filmes de sucesso como “O Sexto Sentido” e “Corpo Fechado”.
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O comportamento de uma Karen é frequentemente descrito como a “mulher que quer falar com a gerente”, mas também já foi caracterizado no The New York Times como “a policial de todo comportamento humano”. A pesquisadora e professora da Kansas State University Heather Suzanne Woods, especialista em origem de memes, descreveu “uma Karen” ao The Atlantic como “um senso de privilégio, egoísmo e uma vontade de reclamar” O termo ganhou força principalmente durante a pandemia de covid-19, quando Karen era associada também ao negacionismo e à reclamação do uso de máscaras.
Como muitos memes que viralizaram, a origem do termo Karen não é totalmente conhecida, mas já foi associada ao filme Meninas Malvadas (onde a personagem de Karen é vivida por Amanda Seyfried). No longa, a atitude mais distintamente Karen de Karen é perguntar para a personagem de Lindsay Lohan por que ela, se veio da África, é branca.
Muito antes de viralizar nas redes sociais, no entanto, Karen já era um termo popularizado pela comunidade negra nos Estados Unidos para se referir a mulher branca que insiste em exibir seus privilégios. Também ao The Atlantic, a pesquisadora de mídia da Universidade de Virginia, Meredith Clark, enfatizou que Karen é apenas o mais novo termo para uma ideia antiga: “A referência em si sempre existiu, mas não era específica a um nome só.
Karen já teve muitos nomes. Nos anos 1990, quando ‘Baby Got Back’ foi lançada, era Becky”. O estereótipo, principalmente neste contexto, é o uso do privilégio como arma contra pessoas de cor, como mulheres que fazem queixas policiais contra negros por infrações menores.
Problematizado por sua conotação sexista – por exclusividade feminina -, Karen também evoluiu para incluir homens, mas Karens masculinos também ganharam a sua versão como “Kens”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller
Fonte: Jovem Pan