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Ieda Rodrigues/ Lettera

Tecnologia robótica faz toda a diferença na cirurgia das pequenas e poderosas glândulas adrenais

O emprego de robô traz uma série de vantagens ao paciente, como menos dor no pós-operatório e menor tempo de internação


As glândulas adrenais, estruturas localizadas acima de cada rim, têm um papel crucial no equilíbrio e funcionamento do corpo humano. Apesar do tamanho, são responsáveis pela produção de uma série de hormônios fundamentais, inclusive os que adaptam o organismo a uma situação de estresse e os que regulam a pressão arterial. Em resumo, esses órgãos ajudam a manter o equilíbrio saudável das funções corporais, a chamada homeostase.

Mas essas glândulas podem apresentar problemas. Um dos mais comuns é o surgimento de nódulos, explica o urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. José Roberto Colombo Júnior. Esses nódulos podem ser classificados como funcionantes — quando produzem hormônios— ou não funcionantes. A diferença é crucial para a abordagem terapêutica. "Os nódulos funcionantes, aqueles que produzem algum hormônio, normalmente necessitam do tratamento cirúrgico independentemente do seu tamanho. Já os nódulos não funcionantes são tratados de acordo com seu tamanho, padrão de crescimento e aspecto radiológico", detalha o urologista.

Quando há indicação cirúrgica para a retirada das glândulas adrenais, a adrenalectomia, a solução inovadora é o emprego de robô porque traz uma série de vantagens para o paciente. "O sangramento é menor, comparado à cirurgia convencional; o paciente sentirá menos dor no pós-operatório e ficará menos tempo no hospital. Normalmente permanece apenas um dia internado", afirma o urologista. Isso porque o procedimento é minimamente invasivo, realizado através de pequenos furos no abdômen por onde são introduzidas pinças cirúrgicas e uma câmera com visão em 3D, conectadas ao robô, que por sua vez é controlado pelo cirurgião.

Após a alta, o paciente deve evitar esforços físicos por duas semanas, mas volta mais rapidamente às suas atividades habituais, se comparada à cirurgia tradicional. O acompanhamento pós-operatório é fundamental para garantir o sucesso do tratamento e a estabilidade do paciente, ressalta Dr. Colombo. "O seguimento do paciente deve ser feito regularmente, em conjunto com um endocrinologista, com a realização de exames clínicos, laboratoriais de sangue e urina, e de imagem", acrescenta.

O médico ressalta que a detecção precoce de qualquer alteração nas glândulas adrenais, aliada a técnicas cirúrgicas modernas, como a robótica, pode ser determinante para preservar a saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, recomenda atenção aos sintomas, que estão relacionados aos hormônios produzidos por esses órgãos. "No caso dos feocromocitomas, podem ocorrer episódios de sudorese, palpitação, elevação da pressão arterial, etc. A produção de corticoide pode levar ao ganho de peso, presença de estrias na pele, síndrome metabólica, rosto arredondado, entre outros sintomas. Já a produção de aldosterona pode levar à alteração da pressão arterial, fraqueza, etc", enumera. Se a pessoa apresentar esses sintomas, deve procurar um especialista para investigação do quadro.


Sobre o Dr. José Roberto Colombo Júnior

Médico urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein. Coordenador Executivo da Pós-Graduação em Cirurgia Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein. Formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Possui doutorado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) São Paulo. Aprimoramento (Fellowship) em cirurgia minimamente invasiva na Cleveland Clinic, Cleveland, EUA. Atendimento: (11) 97090-5300 e WhatsApp (11) 2151- 4116.

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