O Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou mandados de prisão para líderes do Talibã, incluindo o líder espiritual supremo Haibatullah Akhundzada e Abdul Hakim Haqqani, o juiz-chefe.
As acusações são de crimes contra a humanidade, especificamente por discriminação generalizada contra mulheres e meninas afegãs.
Segundo o procurador-chefe Karim Khan, as investigações reuniram evidências suficientes para sustentar as acusações.
"Eles são criminalmente responsáveis por perseguir meninas e mulheres afegãs, bem como pessoas que o Talibã considerava não estarem em conformidade com suas expectativas ideológicas de identidade ou expressão de gênero, e pessoas que o Talibã considerava aliadas de meninas e mulheres." concluiu o procurador-chefe Karim Khan.
A perseguição, de acordo com o TPI, ocorre desde pelo menos 15 de agosto de 2021 e continua até os dias de hoje, afetando todo o território afegão.
A investigação do TPI sobre o Afeganistão teve início em 2007, mas apenas em 2022 uma investigação em larga escala foi iniciada, após anos de atrasos legais e práticos.
Desde a retomada do poder pelo Talibã em 2021, os direitos das mulheres no Afeganistão têm sido severamente restringidos, incluindo limites à educação, trabalho e independência.
Os líderes acusados, Haibatullah Akhundzada e Abdul Hakim Haqqani, enfrentam sérias consequências caso sejam encontrados culpados pelos crimes imputados pelo TPI. A situação das mulheres no Afeganistão continua a ser uma preocupação global.
Esta ação do TPI representa um passo importante na busca por justiça para as vítimas de violações de direitos humanos no país. A comunidade internacional acompanha de perto o desenrolar destes eventos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA