O ano de 2024 registrou um aumento catastrófico nas queimadas no Brasil, atingindo 30,8 milhões de hectares, segundo o relatório do MapBiomas. Este número representa um aumento de quase 80% em comparação com 2023, sendo a maior devastação desde 2019.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 278.299 focos de incêndio em 2024, o maior número desde 2010, um aumento de 46,5% em relação ao ano anterior. A dimensão do desastre é comparável à área da Itália.
O jornal O Globo critica a inércia do governo Lula no combate às queimadas, apontando que a mobilização governamental só ocorreu quando a fumaça atingiu Brasília. Foram formadas forças-tarefas e mobilizados brigadistas, mas a resposta é considerada tardia e insuficiente.
"Não se deveria esperar o país ser assolado pelas chamas e pela fumaça para tomar providências", alertou O Globo. "As chuvas deste verão podem ter deixado o problema em segundo plano. Mas as mudanças climáticas são inclementes. Não se pode contar só com a água que cai do céu para enfrentar as queimadas"
O Globo destaca a ironia da postura ambientalista do governo Lula, que, na oposição, criticava duramente a gestão Bolsonaro pela tolerância com as queimadas. O jornal afirma que "esperava-se mais de um governo eleito empunhando bandeiras ambientalistas".
A coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, destaca a necessidade de "maior controle e transparência dos governos estaduais e federal sobre o uso das terras e licenciamento para uso do fogo pela agropecuária".
A devastação ambiental exige políticas públicas mais robustas e integradas para combater as queimadas. A situação serve como um alerta para o Brasil sobre a necessidade urgente de proteção dos recursos naturais e da população.
A extensão das queimadas em 2024 expõe fragilidades na gestão ambiental do governo Lula, contrastando com as críticas feitas durante o governo Bolsonaro.
*Reportagem produzida com auxílio de IA