O Presidente norte-americano, Donald Trump, concedeu hoje indultos a 23 pessoas condenadas por bloquear o acesso e fechar temporariamente clĂnicas de aborto orando pela vida, algumas das quais cumprem atualmente sentenças federais.
"Estas pessoas não deveriam ter sido processadas. Muitos delas são idosas", afirmou Trump, acrescentando: "Ă uma grande honra assinar isso".
O anĂșncio do perdão ocorre às vĂ©speras de uma grande manifestação antiaborto em Washington, chamada "Marcha pela Vida".
Segundo a imprensa local, o magnata de 78 anos deverĂĄ discursar no protesto por videoconferĂȘncia, enquanto o vice-presidente, JD Vance, Ă© esperado no local.
Donald Trump permaneceu deliberadamente vago sobre a polĂ©mica questão do direito ao aborto durante a sua campanha.
Enquanto a direita cristã pede restrições federais à proibição federal da gravidez, o republicano disse querer deixar essa competĂȘncia para os estados norte-americanos.
No entanto, congratulou-se em diversas ocasiões por ter contribuĂdo, atravĂ©s das suas nomeações para o Supremo Tribunal, para o fim do direito constitucional ao aborto decidido em junho de 2022 pela mais alta instância da justiça norte-americana.
Após esta polĂ©mica decisão do Supremo, muitos estados conservadores proibiram ou limitaram severamente a interrupção da gravidez.
Desde a sua tomada de posse, na segunda-feira, Donald Trump atribuiu uma sĂ©rie de indultos destinados a satisfazer a sua base de apoiantes, começando com o mega perdão a 1.500 pessoas condenadas por invadir o Capitólio em janeiro de 2021.
TambĂ©m perdoou dois polĂcias que foram condenados por uma perseguição ilegal que resultou na morte de um homem negro em 2020.