Pais devem orientar os filhos sobre a nova regra do celular nas escolas
O ano letivo começará sem telas. Os pais têm um papel crucial nesse momento de adaptação dos filhos à proibição do uso de celular nas escolas. Mais do que uma regra imposta, essa mudança representa uma oportunidade de ressignificar a relação das crianças e adolescentes com a tecnologia e o aprendizado. Para isso, deve ser explicado aos filhos o motivo da mudança de maneira educativa, aproveitando que o assunto está no noticiário, sem alterar bruscamente as normas de uso de telas também dentro de casa, orienta a psicóloga Fernanda Leandro de Souza Vasconcelos, da Hapvida NotreDame Intermédica.
"Os pais não devem simplesmente impor a nova regra do celular na escola, mas explicá-la de forma educativa, mostrando os benefícios da proibição, ressaltando que pode melhorar a aprendizagem e a socialização e até evitar que os filhos caiam em golpes", afirma. É fundamental que também estejam bastante presentes nesse momento de volta às aulas para auxiliar os filhos nas dúvidas que surjam, esclarecendo-as, inclusive realizando pesquisas conjuntas sobre os motivos da proibição e as mudanças que ocorrerão. O diálogo é essencial para que crianças e adolescentes compreendam e aceitem as mudanças, frisa Fernanda.
Além de orientar sobre os motivos da nova regra das escolas, os pais podem ser agentes ativos na criação de alternativas para preencher o tempo antes ocupado pelas telas, especialmente durante o recreio. Sugestões como levar jogos de tabuleiro, livros ou incentivar brincadeiras coletivas podem ajudar a desenvolver habilidades de socialização perdidas no uso excessivo de dispositivos. "Essas novas atividades podem enriquecer o repertório das crianças, ajudando-as a lidar melhor com situações futuras e a construir vínculos mais fortes com os colegas", acrescenta a psicóloga.
Outro aspecto importante é passar tranquilidade, já que pode haver o sentimento de insegurança devido à perda do acesso imediato aos celulares. "Os pais devem explicar que o telefone da escola estará disponível para momentos de real necessidade, como aspectos relacionados à saúde, e informações urgentes. Isso reduz o medo e reforça a confiança de que eles terão apoio sempre que precisarem", afirma a psicóloga. Ao abordar essas questões com clareza, ajuda-se a promover a independência dos filhos no ambiente escolar.
A adaptação a essa nova realidade também passa por mudanças no ambiente familiar. Para que as crianças e adolescentes entendam o impacto positivo da redução do uso de telas, é fundamental que os pais deem o exemplo em casa. "A escola e a família precisam trabalhar juntas. Momentos como um passeio no parque, um jantar sem interrupções ou assistir a um filme juntos são essenciais para mostrar que há alternativas ao celular", explica Fernanda. "Nesses momentos, deve-se dar o
exemplo, realizando aquilo que recomenda aos filhos, sem interromper os momentos de interação para usar o celular. Se for algo de urgência ou trabalho, explicar a ocasião e a necessidade", acrescenta a psicóloga. Esses gestos reforçam os laços familiares e incentivam hábitos mais saudáveis.
Por fim, é importante que buscar informações para tomar decisões mais assertivas. Fernanda alerta que o uso excessivo de telas pode impactar negativamente o desenvolvimento cognitivo das crianças, reduzindo a capacidade de atenção e interesse por atividades mais profundas. "Grupos de apoio entre pais, orientação de profissionais contribuintes da área, como psicólogos, psicopedagogos, entre outros, e o diálogo com a escola são estratégias importantes para superar os desafios dessa transição. Mudanças podem ser difíceis no início, mas, com paciência e colaboração, os ganhos são significativos para o desenvolvimento das crianças e adolescentes", conclui.
Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica
Com 79 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia, tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.
Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.