A companhia aérea Voepass ingressou com pedido de proteção judicial em São Paulo no dia 3 de fevereiro de 2025, apontando a Latam como responsável por sua grave crise financeira. A ação busca o pagamento de R$ 37,4 milhões referentes a contratos não cumpridos e custos com aeronaves paradas.
Além da cobrança à Latam, a Voepass solicitou aos arrendadores que não retomassem seus aviões e a suspensão de todas as cobranças por 60 dias. Em decisão de 10 de fevereiro, o juiz José Guilherme Di Rienzo Marrey, de Ribeirão Preto (SP), determinou uma avaliação prévia da situação da empresa, nomeando a Laspro Consultores para realizar análises técnicas iniciais.
O acordo entre as empresas previa que a Latam utilizasse os horários de pouso e decolagem da Voepass, além da compra de assentos e espaço de carga em seus voos. Em junho de 2024, um novo acordo transferiu os horários de pico de Congonhas para a Latam, aumentando significativamente sua presença no aeroporto.
Segundo advogados da Voepass, 93% da receita da empresa em agosto de 2024 provinham dessa parceria com a Latam. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analisou esse acordo.
"A Voepass afirma que, depois do acidente com o voo 2.283, que tinha 62 pessoas a bordo, a Latam suspendeu as atividades das aeronaves." concluiu a assessoria de imprensa da Voepass.
A Voepass alega que após o acidente com o voo 2.283, em que estavam 62 pessoas, a Latam suspendeu as operações das aeronaves e reteve pagamentos de custos fixos de manutenção sem aviso prévio.
O pedido da Voepass é considerado uma "tutela de urgência preparatória para posterior processo de recuperação judicial", buscando suspender a execução de dívidas enquanto a empresa organiza sua solicitação formal.
A situação financeira da Voepass e sua disputa judicial com a Latam colocam em xeque a estabilidade do setor de aviação brasileira e geram incerteza para os passageiros.
O impacto do acidente do voo 2.283 da Voepass e as consequências do acordo com a Latam são cruciais para entender a atual crise da empresa. As próximas decisões judiciais serão decisivas para o futuro da companhia aérea.
*Reportagem produzida com auxílio de IA