OAB Prioriza Poderes e Abandona Advogados, Aponta Crítico

O advogado e presidente do Movimento da Advocacia Independente (MAI), Ricardo Scaff, critica a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), alegando que a instituição se distanciou de sua função primordial de proteger os interesses da classe advocatícia. Segundo ele, a OAB tem priorizado suas relações institucionais com os tribunais superiores, o Poder Executivo e o Legislativo, em detrimento do apoio aos advogados.

Scaff aponta que a falta de apoio da OAB em casos de grande repercussão, como os relacionados aos presos políticos do 8 de janeiro, e a dificuldade de acesso à ampla defesa nesses processos judiciais, são sintomas desse afastamento.

"A advocacia hoje está órfã. A OAB tem compromisso com os tribunais, mas não com os advogados." disse Scaff.

O advogado argumenta que a atual estrutura da OAB favorece grandes bancas e restringe a atuação dos profissionais, especialmente em casos considerados sensíveis. Ele destaca as dificuldades enfrentadas pelos defensores para obter acesso a processos no STF, denunciando a falta de suporte institucional.

A demora da OAB em responder a essas demandas, segundo Scaff, reforça a percepção de que a entidade protege um grupo seleto de membros. Ele questiona a legitimidade democrática da OAB, defendendo que todos os 1,3 milhão de advogados devem ter o direito de escolher seu presidente.

"Não há ordem democrática na OAB, enquanto 1,3 milhão de advogados não puderem escolher seu presidente", declarou Scaff.

Essa crítica surge em um momento em que a atuação da OAB tem sido alvo de debates, especialmente no que se refere à sua postura em relação a questões políticas e judiciais de grande impacto no país. A declaração do advogado e presidente do MAI, Ricardo Scaff, ecoa a insatisfação de parte da advocacia com a condução da entidade.

*Reportagem produzida com auxílio de IA