Muitos pais acreditam que a escola, a igreja e psicólogos "curarão" seus filhos que apresentam problemas de comportamento, quando na verdade é a família a base de tudo.
Costumo me referir ao "ninho", o ambiente familiar em que essa criança está se desenvolvendo, que exemplos ela está vivenciando, pois está aí a base, o princípio de tudo.
Uma família estruturada, adultos responsáveis e comprometidos formarão filhos saudáveis e preparados para enfrentarem os obstáculos que a vida em sociedade apresenta.
Pais problemáticos, filhos vulneráveis. É a realidade da vida. Crianças necessitam de cuidados básicos, de alimentação correta, de proteção e de um lar saudável e, o que é comum vermos, é adultos brigando na frente de crianças, pessoas que usam os filhos para se vingarem de ex companheiros, fazendo com que as crianças se tornem armas contra pai ou mãe que eles tanto amam e isso causa estragos emocionais que muitas vezes são irreversíveis.
Usar a desculpa de que o relacionamento, o casamento não deu certo para o mau cuidado com os filhos é extremamente cruel, é desumano e é o início de vários outros problemas.
Essas crianças crescem e se tornam revoltadas, passam a ver os pais com raiva e vão se distanciando aos poucos, buscando apoio em um mundo perigoso, altamente nocivo, sem amor.
Cuidados paternais e maternais não se terceiriza, pois é de responsabilidade da família. Os princípios básicos autoestima, de educação, de respeito para com o próximo se ensina em casa. Se os adultos não se respeitam, o que vão ensinar aos filhos, como vão preparar essas crianças para o mundo?
Muitas crianças apresentam agressividade com os coleguinhas da escola, não conseguem se socializar, possuem sentimentos de raiva, de desafeto, de egoísmo e são crianças que sofrem muito, pois não conseguindo verbalizar a dor que sentem, causam dor em outras crianças até enfrentam os educadores que tentam discipliná-los.
Deixar na escola de manhã e só voltar à tarde para buscar (quando não esquece do horário de buscá-la, deixando a criança esperando e a escola ligando pois está na hora de fechar), esperar que psicólogo vai "curá-la" e os problemas persistindo e afirmar que o psicólogo não é bom, levar o filho à igreja e não ir à igreja para praticarem em família os ensinamentos, o tal do "faça o que eu mando, não faça o que eu faço", definitivamente não é caminho.
Reflita sobre seu comportamento, observe-se atentamente. Procure ajuda, mas tome a decisão de aceitar que mudanças serão necessárias e importe-se com seu filho de verdade, eles precisam de amor que protege, que ensina, que lhe mostre através de seus exemplos, mais do que a sua fala.
Rosana Taveira Napoleone
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP: 06/103931
Consultório: Av. Rui Barbosa, 324 - Centro - Agudos/SP