A Inveja adoece

Por Jornal Cidade de Agudos em 24/06/2022 às 23:57:45

Sentimento de ódio ou desconforto provocado pelo bem-estar ou prosperidade de outrem, além de um desejo muito forte de desfrutar algum bem possuído ou desfrutado por outra pessoa.

A inveja é destrutiva tanto para si mesmo quanto para os outros. Um sentimento que amarga a existência, especialmente em sua maior intensidade.


Talvez em algum momento de nossa vida possamos ter sentido inveja de alguma pessoa. Seja por suas qualidades físicas, por suas conquistas ou por sua sorte. Ninguém desconhece totalmente esse sentimento.

Agora, há uma espécie de inveja rotulada como saudável que não produz esse gosto amargo. Sua presença é algo como um pequeno tapinha nas costas que, ao ser sentido, nos indica aquilo que perdemos ou que gostaríamos de mudar e que nos deixa um gosto de tristeza e nostalgia. A inveja saudável não é tão amarga ou destrutiva quanto a inveja patológica.

Quando o sentimento de inveja domina nossos relacionamentos e começamos a nos comparar constantemente com o outro. Desta forma, tudo o que conseguimos fazer é descentralizar nossa própria existência, colocando nosso olhar crítico para o exterior. Um olhar focado na busca de falhas, fraquezas ou debilidades do outro. Uma atitude punitiva que não perdoa a felicidade dos outros.

Assim, a outra pessoa acaba se tornando alguém a quem odiar. Surge um labirinto de mal-estar que gira em torno do sentimento de inveja patológica e tem o poder de nos cegar na hora de encontrar uma solução para o que aconteceu.

Transformar a energia negativa em positiva

Diante da armadilha da inveja e do efeito da negatividade que gera, torna-se vital transformar essa energia (dirigida a criticar e procurar as "falhas" alheias) em positiva para assim buscar o que realmente nos faz felizes. Assim, todo o esforço focado em rastrear o exterior deve ser dirigido para o nosso interior.

Apenas nós podemos ser a nossa única medida. É importante assumir que a comparação é completamente inútil. Cada ser humano é único e tem seus próprios pontos fortes e fracos. Por que nos comparar com os demais? Não somos a mesma pessoa, nem vivemos as mesmas coisas, nem vemos o mundo da mesma forma.

Cada pessoa é construída de uma forma diferente. Haverá pessoas que são "melhores ou piores" do que nós em uma determinada disciplina e vice-versa. Isso é algo que temos de assumir se não quisermos entrar no mortal jogo das comparações.

Rosana Taveira Napoleone

Psicóloga Cognitivo Comportamental

CRP: 06/103931

Consultório: Av. Rui Barbosa, 324 - Centro - Agudos/SP

Anuncie
anuncie aqui