Havia alguns anos em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o rei do Futebol Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, disse que o maior jogador de futebol que ele viu jogar e com quem disse ter aprendido muito nos tempos de infanto-juvenil do Bauru Atlético Clube, BAC, foi Picão, com fortes raízes familiares em Agudos, onde jogou no Brahma Esporte Clube, e que aqui veio para trabalhar e também para jogar no fim de sua carreira de muito sucesso. Homem de hábitos simples, Picão, cujo nome era Antônio Maury da Silva, nasceu em Piratininga, começou sua carreira no BAC de Bauru, com passagens marcantes por vários clubes do país, entre eles o Bangu do Rio de Janeiro, XV de Jaú, que na época tinha um excelente time e Paranavaí. Foi casado com Dilce Mariano da Silva, com quem teve os filhos Marisa Aparecida da Silva Octaviani casada Com Zinho Octaviani e Marcio Benedito da Silva. Após deixar o seu trabalho na Brahma, abriu um estabelecimento comercial, um bar na Vila Pavimentação, onde permaneceu até sua morte aqui mesmo em Agudos no ano de 1993. Era muito amigo de sua clientela, na qual gostava de apelida-los. Nas horas de folga apreciava desenhar e fazer caricaturas. Um de seus netos o ex-prefeito Everton Octaviani, lembra com carinho do avô, embora tenha pouca vivência com ele, pois tinha apenas nove anos quando ele morreu. Porém, prestou-lhe significativa homenagem, dando o nome de Estádio Picão, que ainda não foi inaugurado, e que se localiza nas imediações da via de acesso Richard Freudemberg.
Procuro nesta matéria lembrar o nome deste antigo craque de futebol, neste país do futebol, no ano de Copa do Mundo, para que os mais experientes relembrem e os mais jovens conheçam a história de um agudense de coração, que deixou um legado como esportista, em sinal de reconhecimento ao que ele representou na história desta cidade.
Nunca é demais relembrar que feliz é a cidade que tem memória e dedica as boas lembranças de quem dela condignamente representou.
SAMUEL AGUIAR FERRO - Médico e Vereador