A deputada de extrema direita Giorgia Meloni, vencedora das eleições parlamentares deste domingo (25) na Itália, afirmou que os cidadãos deram uma "indicação clara" com o resultado do pleito e prometeu governar para "unir" o país.
Maioria ampla – De acordo com projeção do consórcio, Opinio-Italia para a emissora Rai, a aliança conservadora alcançará 43,3% dos votos no Senado e 42,7% na Câmara, contra 26,4% e 26,8% da centro-esquerda e 16,2% e 16,0% do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
Já a chamada "terceira via", formada pelos partidos de centro Ação e Itália Viva (IV), aparece com 7,4% e 7,5%, respectivamente. Como o sistema eleitoral italiano mistura voto majoritário com proporcional, esses números devem garantir uma ampla maioria parlamentar à direita, com mais de 110 das 200 cadeiras no Senado e mais de 220 dos 400 assentos na Câmara.
No papel de partido mais votado, com cerca de 25% da preferência, segundo as projeções, o FdI terá a prerrogativa de indicar o próximo premiê, o que deve fazer de Meloni a primeira mulher a governar a Itália.
"Os dados ainda não são definitivos, mas, pelo que emerge das primeiras projeções, se pode dizer que os italianos deram uma indicação clara. E a indicação clara é para um governo de centro-direita com liderança do Irmãos da Itália [FdI, seu partido]", disse Meloni em um discurso para apoiadores em Roma.
Tanto as pesquisas de boca de urna quanto as projeções apontam que a coalizão conservadora terá ampla maioria na Câmara e no Senado e que o FdI será o partido mais votado dentro dessa aliança, que ainda inclui a ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, e o moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi .