É fato. O Terceiro Setor movimenta uma boa parte dos recursos municipais, estaduais e federais, além, das emendas parlamentares. Esses números estão cada vez maiores, pelo fato das demandas que surgem a cada dia em nossa sociedade. Demandas essas que gritam na educação, na saúde, na assistência social e em outras áreas essenciais.
Esses recursos atende entidades que tem como objeto social, as crianças, os idosos, os hospitais, projetos com mais complexidade como os abrigos de crianças e idosos e outros projetos com menos complexidade como projetos de música, por exemplo, na área da cultura.
Quem governa tem que ter um olhar para esse setor como muito carinho, pois, as demandas chegam na porta da casa do prefeito, dos vereadores nas ruas, dos secretários nas secretárias, daqueles que estão na ponta como a assistente social, que precisam dar uma resposta, para ontem, pois, quem tem fome tem pressa, quem está doente não dá para esperar, a burocracia autorizar ou a fila diminuir, as vezes pode ser tarde demais, e dar explicação fica complicado em alguns casos.
Na ponta está o maior investidor o que precisa atender, o município, que se não colocar o recurso de maneira racional com um olhar cirúrgico não só ouvira os gritos como o choro, digo assim, porque, 70% dos recursos são municipais em 100% colocado no setor entre os entes, o restante vem através das transferências da União 25% e do Estado 1% e 4% são as emendas parlamentares, mas são verbas carimbas para custeio ou para compras de permanentes, como veículos, por exemplo.
Desses recursos transferidos 75% são absorvidos pela saúde, 12% na Assistência Social, o restante fica entre educação, cultura e outros. Esses repasses são realizados por auxílios, subvenções, contribuições que representam 87% desse total de 100% de recursos locados no Terceiro Setor, o restante são outras formas de auxilio ou fomentos que ajudam na manutenção ou na folha de pagamento da entidade, pois, a folha de pagamento e suas obrigações é o maior custo operacional que uma entidade tem, sem ele não há como tocar qualquer objeto social, além, dos materiais de consumo e manutenção predial, hoje cara, sem ela a casa cai, ou fica inviável manter alguém lá.
Portanto, o Terceiro Setor, move causas, gera empregos e renda, movimenta campanhas e voluntários, além de milhões em recursos.
Cleverson Antonio Moreira, contador, especialista em finanças e gestão pública, atualmente Secretário de Finanças e Administração da cidade de Agudos.