Para facilitar o atendimento às vítimas desses animais, a Secretaria de Estado da Saúde lançou uma ferramenta online para a localização e identificação dos 220 pontos de atendimento soroterápico para vítimas de escorpião, aranha, serpente e lagartas. Trata-se de um mapa interativo que fornece as informações necessárias para buscar ajuda em emergências, sobretudo no período quente e chuvoso, época em que esse tipo de acidente mais acontece.
Para acessar a ferramenta basta clicar no endereço do CVE.Além de facilitar a localização dos pontos de distribuição de soro, o mapa interativo visa diminuir o tempo entre o acidente e o tratamento, possibilitando que a vítima seja levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo e receba o tratamento adequado em um menor espaço de tempo.
Nos primeiros 15 dias de janeiro, já foram registrados 472 casos, sendo 317 envolvendo escorpiões e os demais por animais como aranha-marrom, aranha-armadeira e serpentes, segundo informações da Divisão de Zoonoses do CVE.
Nesse período do ano, há condições climáticas propícias para a reprodução dos animais, uma vez que altas temperaturas e chuvas favorecem condições ambientais e maior disponibilidade de alimentos, de acordo com especialistas.
Crianças de até 10 anos de idade precisam receber o soro antiescorpiônico em até 1 hora 30 minuto após terem sido picadas por escorpião. "Se uma criança saudável começar a chorar intensamente e aparentar muita dor, é necessário pensar em acidente com escorpião e procurar atendimento médico imediatamente", alerta Gisele Freitas, médica veterinária do CVE.
"Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao crescimento de casos. O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano", explica a especialista.
Orientações para prevenir os acidentes
Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
Não acumular entulho e materiais de construção;
Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
Vedar ralos, frestas e buracos em muros, paredes, assoalhos, forros e rodapés;
Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
No amanhecer e no entardecer evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;
Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local para a remoção.
O que fazer em caso de acidente
Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
Lavar o local da picada com água e sabão;
Não fazer torniquete ou garrote;
Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
Não aplicar folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
Não ingerir bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
Se não oferecer risco, acondicionar o animal em frasco tampado ou fotografá-lo para facilitar a identificação e tratamento adequado.
Agência Brasil