Disfagia é a dificuldade de engolir alimentos e líquidos, a sensação de "arranhar", ou ficar "presa" a comida ou bebida na passagem da garganta, muito comum o paciente relatar que machucou a região ao deglutir.
Engasgos frequentes durante a refeição, pigarro, tosse, dificuldade de mastigação, lentidão na hora de engolir, recusa do alimento e falta de apetite podem ser sinais de disfagia.
Existem dois tipos:
* Disfagia esofágica – sensação de alimento ou líquido parado na base da garganta, ou no peito, depois que o paciente inicia a deglutição;
* Disfagia orofaríngea – sufocamento ou tosse ao tentar engolir. A sensação do alimento ou líquido descer pela traquéia ou subir pelo nariz.
São inúmeras as causas que podem levar o paciente a desenvolver essa condição; é comum em pessoas idosas e resultantes de doenças neurológicas (Parkinson), Acidente Vascular Encefálico (AVE), Doença de Alzheimer, Miastenia Gravis ou simplesmente por modificações inerentes ao processo de envelhecimento (presbifagia).
É estimado que 08 a cada 10 pacientes com doença de Parkinson e 2/3 terços dos pacientes com Alzheimer apresentem disfagia, também comum em pacientes que sofreram algum trauma na boca ou na garganta.
As complicações decorrentes de disfagia envolvem risco de desnutrição, desidratação, complicações respiratórias e pneumonia aspirativa. Considerando que o momento da refeição deve representar um momento prazeroso, de socialização e interação familiar, a Disfagia tem impactos sociais e emocionais. Quando o engolir torna-se um desafio, o paciente pode preferir se isolar.
O que fazer?
Para um paciente cognitivamente saudável, deve-se procurar um fonoaudiólogo. Este profissional irá ajudar o paciente a reaprender engolir.
Para um paciente portador de doença degenerativa, o ideal é ter acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de saúde, com médico, fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogo.
Cuidados: (não é o tratamento)
* Ambiente e postura: Oferecer os alimentos em local tranquilo e sem distrações, sentado e com leve inclinação de cabeça para frente, cuidador deve estar sentado na mesma altura.
* Dieta adaptada:
* Oferecer refeições menores mais vezes ao dia;
* Oferecer alimentos leves, macios e pastosos;
* Evitar líquidos "finos", pois o risco de aspiração é maior;
* Evitar alimentos duros, arenosos e secos (bolachas, farofa, etc);
* Cuidados com a Saúde Bucal são indispensáveis, próteses mal adaptadas e problemas de dentição podem agravar a situação.
Ao notar perda de apetite ou perda de peso excessiva, procure ajuda profissional imediatamente.