A fonoaudiologia é uma das áreas que atua no desenvolvimento comunicativo da criança no espectro autista, contribuindo para reduzir os impactos do TEA no dia a dia. Isso porque, dentre as características mais comuns, temos a dificuldade de comunicação, fala e interação social.
A fonoaudiologia trabalha diretamente na fala e audição, além de ampliar as habilidades comunicativas, facilitando a interação social com qualidade. Principalmente quando pensamos na comunicação verbal e suporte alternativo para conseguir comunicar suas vontades, desejos ou necessidades.
Dessa forma, a fonoaudiologia desempenha importante papel na inclusão e reabilitação da pessoa com autismo, buscando ganho em autonomia, qualidade de vida e independência.
O atraso da fala geralmente é dos sinais mais comuns de autismo, juntamente com a dificuldade em interação social.
Os sintomas relacionados à comunicação e a fala variam de pessoa para pessoa com TEA, alguns não conseguem se comunicar por meio da fala. Outros gostam de conversar, mas tem dificuldade em manter uma conversa ou entender a linguagem corporal e expressões faciais.
A atuação fonoaudiológica vai variar de acordo com o tipo de paciente, sendo possível:
· Trabalhar a linguagem corporal do autista: ensinar a criança a reconhecer alguns sinais corporais;
· Ajudar o autista a desenvolver as habilidades de conversação: saber quando perguntar ou quando cumprimentar;
· Ampliar o repertório de fala: aumento de vocabulário, conteúdo do que pode ser dito.
Algumas habilidades que a fonoaudiologia no autismo pode trabalhar em pessoas que possuem atraso na fala são:
· Fortalecer os músculos da boca, mandíbula e pescoço;
· Treinar os sons para deixar a fala mais clara;
· Combinar as emoções com a expressão facial correta;
· Compreender a linguagem corporal;
· Ensinar a conversar e a responder às perguntas;
· Combinar uma imagem com o seu significado;
· Contribuir com o tom de voz;
· Uso de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).
O fonoaudiólogo tem como objetivo viabilizar a comunicação, com a aquisição e desenvolvimento de fala e linguagem, além de habilitar e reabilitar (quando necessário) alimentação, audição e voz.
Depois que o autismo é diagnosticado, o fonoaudiólogo avalia a melhor forma de contribuir com a comunicação e habilidades sociais, com base nas necessidades de cada paciente (identificado na avaliação individual).
É importante iniciar a fonoterapia o mais cedo possível, para potencializar os resultados; o melhor momento para iniciar a fonoterapia no autismo é assim que o diagnóstico for realizado. O Transtorno do Espectro Autista geralmente é evidente antes dos 3 anos, sendo que os atrasos de fala e linguagem podem ser reconhecidos já aos 18 meses.
AO APRESENTAR SINTOMAS, PROCURE AJUDA PROFISSIONAL.