TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Dia 02 de Abril é o Dia Mundial e o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo.

Por Jornal Cidade de Agudos em 28/03/2024 às 10:44:10

A fonoaudiologia é uma das áreas que atua no desenvolvimento comunicativo da criança no espectro autista, contribuindo para reduzir os impactos do TEA no dia a dia. Isso porque, dentre as características mais comuns, temos a dificuldade de comunicação, fala e interação social.

A fonoaudiologia trabalha diretamente na fala e audição, além de ampliar as habilidades comunicativas, facilitando a interação social com qualidade. Principalmente quando pensamos na comunicação verbal e suporte alternativo para conseguir comunicar suas vontades, desejos ou necessidades.

Dessa forma, a fonoaudiologia desempenha importante papel na inclusão e reabilitação da pessoa com autismo, buscando ganho em autonomia, qualidade de vida e independência.

O atraso da fala geralmente é dos sinais mais comuns de autismo, juntamente com a dificuldade em interação social.

Os sintomas relacionados à comunicação e a fala variam de pessoa para pessoa com TEA, alguns não conseguem se comunicar por meio da fala. Outros gostam de conversar, mas tem dificuldade em manter uma conversa ou entender a linguagem corporal e expressões faciais.

A atuação fonoaudiológica vai variar de acordo com o tipo de paciente, sendo possível:

· Trabalhar a linguagem corporal do autista: ensinar a criança a reconhecer alguns sinais corporais;

· Ajudar o autista a desenvolver as habilidades de conversação: saber quando perguntar ou quando cumprimentar;

· Ampliar o repertório de fala: aumento de vocabulário, conteúdo do que pode ser dito.


Algumas habilidades que a fonoaudiologia no autismo pode trabalhar em pessoas que possuem atraso na fala são:

· Fortalecer os músculos da boca, mandíbula e pescoço;

· Treinar os sons para deixar a fala mais clara;

· Combinar as emoções com a expressão facial correta;

· Compreender a linguagem corporal;

· Ensinar a conversar e a responder às perguntas;

· Combinar uma imagem com o seu significado;

· Contribuir com o tom de voz;

· Uso de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).


O fonoaudiólogo tem como objetivo viabilizar a comunicação, com a aquisição e desenvolvimento de fala e linguagem, além de habilitar e reabilitar (quando necessário) alimentação, audição e voz.

Depois que o autismo é diagnosticado, o fonoaudiólogo avalia a melhor forma de contribuir com a comunicação e habilidades sociais, com base nas necessidades de cada paciente (identificado na avaliação individual).

É importante iniciar a fonoterapia o mais cedo possível, para potencializar os resultados; o melhor momento para iniciar a fonoterapia no autismo é assim que o diagnóstico for realizado. O Transtorno do Espectro Autista geralmente é evidente antes dos 3 anos, sendo que os atrasos de fala e linguagem podem ser reconhecidos já aos 18 meses.


AO APRESENTAR SINTOMAS, PROCURE AJUDA PROFISSIONAL.

Fernanda Freitas Monteiro
Fonoaudióloga
CRFa 2-11.539
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