Segundo a coordenadora de projetos da construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, os empresários da construção iniciam o ano mais pessimistas na comparação com o último trimestre de 2022. Ela afirmou que, pelo quarto mês consecutivo, a confiança registrou queda, resultado da piora no ambiente corrente de negócios e nas expectativas.
Notícias relacionadas:
A pesquisadora destacou que as expectativas se deterioram ainda mais nesses últimos meses, refletindo uma percepção de maior incerteza para os negócios ante a possibilidade de manutenção das taxas de juros em níveis elevados por mais tempo.“De todo modo, na comparação com o cenário de um ano atrás, a confiança em janeiro de 2023 ainda se mantém ligeiramente maior: nos últimos 12 meses, quando houve uma desaceleração expressiva dos custos das matérias-primas, que contribuiu para diminuição das dificuldades percebidas pelas empresas”, disse, em nota, Ana Maria.
Percepções diferentes
De acordo com o Ibre/FGV, o pessimismo de janeiro não está disseminado por todos os segmentos setoriais. Na comparação interanual, o indicador de confiança foi sustentado por uma melhora expressiva na percepção em relação à situação corrente dos empresários ligados à infraestrutura. Em menor magnitude também cresceu o índice das empresas de edificações. “Por outro lado, a queda nas expectativas afetou todos os segmentos, revelando o efeito mais disseminado das incertezas”, diz a sondagem.
EBC