A safra recorde de 44 milhões de toneladas de soja nesta temporada pôs Mato Grosso como o terceiro maior produtor de soja, à frente da Argentina. A produção corresponde a pouco mais de 30% que a do país vizinho, que teve seu cultivo reduzido para cerca de 40 milhões de toneladas.
A safra da Argentina foi prejudicada pelas condições climáticas adversas, sobretudo a estiagem. Em situação normal, a produção daquele país chega perto de 50 milhões de toneladas.
Atualmente, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking mundial de maiores produtores de soja, com uma projeção de 151 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os Estados Unidos estão em segundo lugar, com uma produção estimada em 121 milhões de toneladas para este ciclo.
A Argentina ocupa a terceira posição. Se Mato Grosso entrasse nessa lista como um país, o vizinho ficaria para trás. A produção de soja do Estado representa 30% do volume colhido no país.
"A participação de Mato Grosso no cenário nacional é tanta que, se fôssemos um país e tirássemos a produção do Estado da conta nacional, o Brasil passaria a ser o segundo maior produtor mundial, perdendo para os Estados Unidos", afirmou Anderson Lombardi, secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, em um documento emitido pelo governo estadual.
Entre os fatores para o aumento da produção do grão em Mato Grosso, estão o crescimento de áreas de produção em regiões de pastagem degradada, o emprego de tecnologia e a produtividade por hectare. A previsão média para a safra deste ano é de quase 62 sacas por hectare.
Neste ciclo, foram semeados 12 milhões de hectares, e a expectativa é que até 2032 a área destinada à soja passe dos 16 milhões de hectares, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.
Revista Oeste