A escritora Alice Munro, ganhadora do prêmio Nobel de literatura em 2013 e considerada “a Tchekhov do Canadá”, morreu aos 92 anos, anunciou a imprensa nesta terça-feira (14). Munro, que também conquistou em 2009 o Man Booker International Prize pelo conjunto da obra, sofreu de demência em seus últimos anos de vida. Segundo o jornal Globe and Mail, a escritora morreu na noite de segunda-feira (13) em Ontário, Canadá.
Mestre do conto, a autora ambientou suas histórias tensas e de observação aguda na zona rural da Ontário onde cresceu, concentrando-se nas fragilidades da condição humana. Apesar de seu grande sucesso e de uma impressionante lista de prêmio literários, durante muito tempo viveu da mesma forma simples e modesta de seus personagens de ficção. Sua discrição contrastava com a de outra gigante canadense da literatura contemporânea, Margaret Atwood.
Nascida em 10 de julho de 1931 em Wingham, Ontário, Munro cresceu no campo. Seu pai, Robert Eric Laidlaw, criava raposas e aves, enquanto sua mãe era professora em uma cidade pequena. Com apenas 11 anos, decidiu que queria ser escritora, e nunca hesitou em sua escolha profissional.
“Penso que talvez fiz sucesso fazendo isto porque não tinha nenhum outro talento”, explicou certa vez em uma entrevista. Foi dona de uma das livrarias mais famosa de seu país e teve uma das carreiras mais respeitáveis da literatura de língua inglesa.
Alice Munro é autora de diversos livros de contos, traduzidos para mais de dez idiomas. O primeiro deles, “Dimensões de uma Sombra”, foi publicado em 1950, enquanto era estudante na Universidade de Western Ontario. Entre as publicações da autora canadense no Brasil estão “As Luas de Júpiter”, “A Fugitiva”, “Vida Querida”, “Felicidade Demais” e “O Amor de uma boa mulher”.
*Com informações da AFP
Jovem Pan