AJOELHOU TEM QUE REZAR

Por Jornal Cidade de Agudos em 03/12/2022 às 20:58:42

As frases que o povo consagra, e repetidas à exaustão, são de uma sabedoria incomum. Revelam uma verdade sedimentada de séculos e, por ser fruto de centenas e centenas de verdadeiro teste popular, não precisam mais passar por nenhum escrutínio. São pérolas verdadeiras, jóias de temperança, prudência e moderação. Por essas razões todas, decidimos que a frase escolhida para servir de tema aos nossos comentários de hoje não poderia ser outra. Ajoelhar-se é pôr-se de joelho, agir com submissão. Nada que humilhe o ser humano quando dobra os joelhos para alguém verdadeiramente superior. É atitude de respeito, de aceitação. Nada, porém, mais humilhante para o ser humano que ser forçado a dobrar os próprios joelhos para quem está à sua altura ou, em certos casos, até mesmo em escala inferior.

O motivo dessas considerações reside no fato de estarmos atualmente passando por um teste de provação ou de humildade, que chega a levar-nos a um patamar de humilhação, rebaixamento moral. Os caminhos a que o homem comum, o cidadão do dia a dia tem sido obrigado a percorrer, não restam dúvidas é uma trilha de envilecimento ou depreciação das mais dignas características do ser humano.

No cenário político brasileiro, estamos assistindo a autênticas manobras próprias de autoritarismo, de ditaduras caquéticas, atrofiadas por excesso de soberba e direcionamento sem disfarce para sendas esquerdistas. Uma das últimas medidas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), através de seu presidente Alexandre Moraes, foi bloquear as contas do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Veja bem, caro leitor, o que foi feito no sentido de o partido voltar à normalidade. Foi feito um pedido, solicitando a revogação de multa de 22 milhões, acompanhado de uma espécie de "ato de contrição", afiançando que o PL não teve a "intenção de tumultuar a eleição." O ato faz-se acompanhar de uma atitude, mais que respeitosa, quase de submissão, no sentido de que o senhor Alexandre de Moraes entenda que o PL "jamais teve a intenção de causar qualquer tumulto ao processo eleitoral brasileiro, muito menos fomentar qualquer tipo de movimento ideológico". A frase é uma referência aos atos que bloqueiam as rodovias e pedem influência militar a medidas consideradas antidemocráticas.

Ora, estamos vivendo um momento claro de ditadura, de censura aos meios de comunicação. O TSE já fez estragos suficientes. Já destroçou um canal de televisão, a JP (Jovem Pan), um verdadeiro baluarte da democracia. Ela, também, recuou e acabou mandando embora de seus quadros nomes de autênticos democratas, sob receio de ter sua licença cassada. O que aconteceu? Deu resultado, grandes líderes receberam o bilhete azul e foram cantar noutras plagas, deixando o canal manquitolando, ora contratando um freelancer, ora contentando-se com brasileiros democratas que prestam sua solidariedade ao canal, quando solicitados. Mas, essas ingerências esquerdistas balançaram a estrutura de um canal a serviço da liberdade de expressão e da democracia.

É que o temos falado, durante esses longos anos. A esquerda é paciente, ela vem devagar, insinuando-se como um réptil peçonhento e cortando um beneplácito de um, uma láurea de outro. Vai passando o rolo compressor com calma, com mão de ferro, mas vai em frente, confiante de que acabará açambarcando tudo. A JP já caiu nas suas garras, outras entidades e instituições virão no seu encalço e, quando o brasileiro ingênuo acordar, estará amordaçado para o bem do regime.

Já estamos próximos da debandada final. Por enquanto, ainda estamos naquela fase da sinistrose, de que falava Joelmir Betting. Lembram-se dele? Pois, é... Não estarei aqui para ver a implantação do mastro com a bandeira vermelha. Mas, você estará, seus filhos, netos e bisnetos estarão... A não ser que alguma coisa muito especial aconteça para evitar catástrofes como as que estão ocorrendo nos países sufocados pelo tacão da bota vermelha. Não ajoelhe. Segure-se. Se ajoelhar um vez, não terá como soerguer-se!!!!!!

Dra. Maria da Glória De Rosa

Pedagoga, Jornalista, Advogada

Profª. assistente doutora aposentada da UNESP

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