As relações que estabelecemos com os nossos pais definem a forma como vamos interagir com os outros. Em casos em que os pais ou um deles sofrer de uma doença mental, os filhos têm tendência a desenvolverem problemas semelhantes, bem como alterarem o comportamento e a questionarem o seu lugar na família. Vários estudos indicam que uma criança filha de pais com transtornos mentais, possuem maior probabilidade de desenvolver transtornos semelhantes. A indisponibilidade dos pais pode ainda fazer os filhos acreditarem que suas emoções não são `validadas e acolhidas", o que os leva a procurar outras formas de se expressarem.
Os pais são modelos comportamentais para os filhos e quando, por exemplo, os progenitores manifestam de forma constante: preocupação, inquietação, tensão, evitamento de situações mais desafiadoras, medo, pensamentos catastróficos, irritabilidade, tristeza, perda de interesse ou prazer pela vida, desesperança, pessimismo, diminuição da energia ou fadiga, dificuldades de concentração, instabilidade emocional, dificuldades na gestão do stress.
Reconhecer os efeitos da ansiedade e depressão parental nas crianças por parte dos pais, pode ser o primeiro passo para uma procura de apoio ou intervenção adequada, seja a nível individual ou familiar -- os pais devem lidar com a sua saúde mental, procurar ajuda e tratamento. Desta forma, vão conseguir criar estratégicas mais saudáveis e benéficas para o crescimento e desenvolvimento dos seus filhos. Protegendo-os.
Rosana Taveira
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP: 06/103931
(14) 99178-7009